segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Eu + Você não é = Nós



Palavras, apenas


Você saiu pela mesma porta
por onde entrou
Abraçada àquelas velhas promessas

Pergunto-me:
Crônica de uma morte anunciada?
Será?

Sei lá!
Talvez esse seja o amor
Para alguns!

Amar no riso
é diferente de amar no choro

E é aí que o bicho pega
Olhar pro lado e não ver o outro



Carlitos Alves

Apesar dos pesares
acreditar no amor
é o que faz eu me sentir vivo!

sábado, 21 de dezembro de 2013

Recado pra quem ama







"Um abraço vale mais do que mil palavras!"





Nem só de olhares vive o homem!

Carlitos Alves

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Eu te (des)amo



Eu te (des)amo


Por todos os beijos não roubados
pelos abraços travados
pelos teus dentes cerrados

Pelos carinhos negados
Pelas palavras não ditas
Pelas ocasiões aflitas

Pelo vazio da cama
Pelas transas que tive
apenas comigo
Pelo teu olhar,
que não vê
além do umbigo

Pelas conversas inacabadas
Pelas falas mal escutadas
Pelas angústias barradas

Pela tua ausência na dor
Pela tua ausência no amor
Pelo branco interno de tua cor

Pelo sentimento que esgotou
Pela rosa que murchou
Pelo solo que secou
Por todas as lágrimas
da solidão

Eu te (des)amo


Carlitos Alves

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Primavera - porque o tempo pede novamente!



Primavera


Abre as portas às mulheres
elas estão nas ruas
colorindo as calçadas outrora tristes

São mulheres de todos os cheiros
balançando para lá e para cá corpos mareados

As casas estão alegres
porque as mulheres estão primaveris
carinhosas
com gosto em viver

Seus olhares sorriem a plenitude da existenciação feminina

Companheiro,
esquece aquelas praças que tu conhecestes
elas mudaram
Seu sal evaporou docemente
na presença das mulheres,
pintassilgas saltitantes!

Carlitos Alves

À primavera de Cabedelo,
cidade abençoada e linda...
Meu grande amor,
onde nasci e me criei,
de onde saí e prá onde voltei!

sábado, 14 de dezembro de 2013

Lendas do Cabedelo (na Fortaleza de Santa Catarina em Cabedelo-PB)


Lendas do Cabedelo


Hoje tem mais uma apresentação do espetáculo Lendas do Cabedelo, na Fortaleza de Santa Catarina, em Cabedelo-PB!!!

Encenado pela Companhia de teatro Art’culados In Cena de Cabedelo, o espetáculo tem  apoio da Superintendência do Patrimônio da União (SPU), do Instituto do Patrimônio Artístico Nacional (IPHAN), do SEBRAE-PB e da Prefeitura Municipal de Cabedelo, através da Secretaria Municipal de Turismo.
Escrito pelos atores Amanda Cavalcanti e Igobergh Bernardo e dirigida pelo ator e diretor Ribamar de Souza, Lendas do Cabedelo leva o público a mergulhar em cinco lendas da cidade local, de uma forma bastante interativa, sob uma aura de mistério e suspense! Boa pedida pra quem quer conhecer um pouco mais da história de Cabedelo, ao ar livre, em um lugar mágico e histórico como é a Fortaleza de Santa Catarina!

Os ingressos custam R$ 10,00 (antecipadamente no Teatro Santa Catarina) ou R$ 20,00 inteira e R$ 10,00 estudante, na bilheteria da Fortaleza, nos dias das apresentações.

Paciência


Paciência
(ou ciência da paz)

Paciência pediu passagem
um minuto de contemplação
meditação
no silêncio de si mesma

Um tantinho de compreensão
de recolhimento
abraçado ao próprio pensamento

Suspirou fundo
levantou da cadeira
saiu de casa
e caminhou

Caminhou
caminhou
caminhou

Chegou, enfim

Deu boa tarde ao mar
e calou

As ondas e o vento
falaram-lhe baixinho
ao pé-do-ouvido:
"-Calma, camarada!"


Carlitos Alves

Sabadinho Bom

Sabadinho Bom 14/12/2013

Azeitona do Trombone e Meire Lima são as atrações do Sabadinho Bom deste sábado (14), a partir das 11h30, na Praça Rio Branco, no Centro Histórico da Capital. Os dois artistas cantam no projeto que é uma realização da Prefeitura de João Pessoa (PMJP) e viabilizado por sua Fundação Cultural (Funjope).
Mestre em trombone pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), o músico Azeitona do Trombone é a primeira atração com um repertório voltado, principalmente, para o chorinho e a gafieira, mas sem deixar de passear por ritmos e estilos a exemplo do frevo e da MPB. O músico reforça que o show possibilitará ao público tanto dançar quanto apreciar a execução das canções.
Azeitona do Trombone tocará os chorinhos “Daga” (Antônio Benedito), “Gilvando Pereira” (Ubaldo Medeiros), “Lumiar” (Fernando Drumond). O músico escolheu do universo da gafieira as canções “Gafieira no Bar do Peixe” (Klênio Barros), “Na Glória” (Raul de Barros), “Alma Brasileira” (Paulo Moura) e “Um Burrinho Chorão” (Adelson Machado).
Nos solos de trombone, Azeitona também interpretará alguns clássicos da MPB a exemplo de “Aconchego” (Dominguinhos), “Se Eu Quiser Falar Com Deus” (Gilberto Gil), “O Que É O Que É?” (Gonzaguinha) e “Manhã de Carnaval” (Antônio Bonfá).
Familiarizado com a música desde 1983 quando começou a tocar o instrumento bombardino, Azeitona é natural de Itaporanga, se familiarizando com o trombone em 1987 e devido à paixão pelo instrumento cursou mestrado pela UFPB.
Sambas e frevos – O segundo tempo do projeto Sabadinho Bom, a partir das 14h, será comandado pela cantora paraibana Meire Lima com um repertório formado por sambas, frevos e muito suingue. Os sambas escolhidos pela intérprete ganharão uma roupagem de samba de roda a exemplo de “Reconvexo” (Caetano Veloso), “Revolta Olodum” (José Olissan/Domingos Sérgio), “Lenda das Sereias” (Vicente/Dionel/Veloso).
Com o suingue da bossa e do samba, Meire Lima apresentará canções conhecidas do grande público a exemplo de “A Rita” e “Sem Compromisso” (ambas de Chico Buarque), “Insensatez” e “Chega de Saudade” (ambas de Tom Jobim/Vinícius de Moraes).
Meire também interpretará pérolas do repertório do cantor e compositor Paulinho da Viola, a exemplo de “Coração Leviano” e “Guardei Minha Viola”. A passagem para o clima de reverência ao carnaval chega com um bloco formado por frevos pernambucanos: “Voltei Recife” (Luís Bandeira), “Quatro Cantos”, “Roda e Avisa” (J. Michiles/Edson Rodrigues) e “Bom Demais” (J. Michiles).
Natural de Itabaiana, Meire Lima reside em João Pessoa há 30 anos. Na Capital, é professora de canto popular e toca contrabaixo e percussão.

Texto integralmente extraído do endereço eletrônico: http://www.joaopessoa.pb.gov.br

Abraços e bom som!!!!
Carlitos Alves

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Até o fim



ATÉ O FIM


Não paremos nas pequenices
vivamos o dia a dia,
passo a passo,
dia após dia apostando na alegria

Meu bem,
tormentas virão
Algumas balançando nosso barco
deixando-nos aflitos

Mas eu te darei a mão
e hei de segurar firme
protegendo a ti,
à nossa família
até chegar a calmaria

Sorri,
quantos braços forem necessários
terei todos eles e mais um

Onde caibam nosso cotidiano,
 em verso e prosa,
prá cosermos nossas vidas
em uma só
até o fim


Carlitos Alves

Mantra (Nando Reis)





MANTRA (Nando Reis)

Quando não tiver mais nada
Nem chão, nem escada
Escudo ou espada
O seu coração
Acordará

Quando estiver com tudo
Lã, cetim, veludo
Espada e escudo
Sua consciência
Adormecerá

E acordará no mesmo lugar
Do ar até o arterial
No mesmo lar
No mesmo quintal
Da alma ao corpo material

Hare Krishna Hare Krishna
Krishna Krishna
Hare Hare
Hare Rama
Hare Rama
Rama Rama
Hare Hare

Quando não se têm mais nada
Não se perde nada
Escudo ou espada
Pode ser o que se for
Livre do temor

Hare Krishna Hare Krishna
Krishna Krishna
Hare Hare
Hare Rama
Hare Rama
Rama Rama
Hare Hare

Quando se acabou com tudo
Espada e escudo
Forma e conteúdo
Já então agora dá
Para dar amor

Amor dará e receberá
Do ar, pulmão
Da lágrima, sal
Amor dará e receberá
Da luz, visão
Do tempo espiral

Amor dará e receberá
Do braço, mão
Da boca, vogal
Amor dará e receberá
Da morte
O seu dia natal

Adeus Dor
Adeus Dor
Adeus Dor
Adeus Dor

Hare Krishna Hare Krishna
Krishna Krishna
Hare Hare
Hare Rama
Hare Rama
Rama Rama
Hare Hare

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Coco da praia



COCO DA PRAIA


Esse é o coco da cocada lá da praia
pega na barra da saia, menina
e vem dançar!

Não é ciranda
não é rock
não é samba
caboclinho
não se engane
é o coco que vem do mar!

Segure o coco
quebre o coco
rale o coco
cante o coco
dançe o coco
deixe o coco te levar!

Segure o coco
quebre o coco
rale o coco
cante o coco
dançe o coco
não deixe o coco parar!

O coco é ouro
e dá cocada bem gostosa
água doce
pé-de-cova
prá todo mundo brincar!

Traga um sorriso
prá juntar com essa alegria
seja noite
seja dia
no festejo de cocar!

Segure o coco
quebre o coco
rale o coco
cante o coco
dançe o coco
deixe o coco te levar!

Segure o coco
quebre o coco
rale o coco
cante o coco
dançe o coco
não deixe o coco parar!


Carlitos Alves

Um coco bem "cocado"
em homenagem a minha terra natal:
Viva Cabedelo!

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Dicas para uma alimentação saudável



DICAS PARA UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL


  • Pela manhã, ao acordar, beba um copo bem cheio de oração! Não importa a sua religião, nem a forma da oração, mas a religiosidade e a fé! Enfim, sem pestanejar beba! É o desjejum. Depois pegue duas fatias de acolhimento, recheie generosamente com aquele "Bom dia!" (sincero e afetuoso) e divida com quem ou o que estiver próximo a você: pessoas, os outros animais, as plantas... Ao terminar não esqueça de agradecer pela dádiva da vida, que é diária e gratuita!;

  • No almoço nada de comida pesada, a tarde é longa e às vezes difícil! Então, encha o prato com alimentos leves, folhas de carinho e alegria, farofa de abraço, uma concha de sorrisos, duas colheres cheias de aperto de mão, raiva e mágoa bem  trituradinhas e moídas (3x, de preferência, prá facilitar a digestão). Tudo temperado com Amor, bastante Amor - pode exagerar mesmo, não tem contra-indicação! Afinal já se passou metade do dia, mas lembre-se que ainda há a outra metade. Você precisa se reabastecer de Amor verdadeiro, fresquinho, sem substâncias tóxicas para conseguir levar o dia na boa e em paz!;

  • A noite é hora de voltar prá casa, após um dia inteiro de afetações, negativas e positivas também, claro. Afetações de toda ordem! Há um ritual bacana e crucial antes da refeição: tome aquele bom banho de energia positiva, com sais de pensamento do bem e relaxe, tranquilo! O banho pode, e de vez em quando deve, ser demorado. Não esquente a cabeça, porque não custa nada prá você, pelo contrário, ao final você estará novo!;

  • Faça agora uma linda refeição. Quatro rodelas de paciência, consigo e com os outros, que também tiveram um dia cheio e esperaram o jantar prá dividir com você. Amar é cuidar e estar presente na vida do outro, ouça com o coração! Uma fatia de amizade honesta e uma xícara de chá daquele melhor olhar que você guarda consigo, o mais amoroso, o qual deve ser partilhado imediatamente. Todos(as) precisam e merecem dar uma "bicadinha"!;

  • Ao final do dia ore mais uma vez e durma. Ore com toda a sua fé, mesmo que você a considere pouca, pois para o teu Deus, em qualquer que seja a medida, toda fé é importante, é especial! Não esqueça disso! Ore, agradeça e confie! Ele velará por ti! Sempre!

PS: Nos intervalos entre as grandes refeições e uma hora e meia antes de dormir, coma um doce de altruísmo, para aplacar a fome. Vai te fazer muito bem!


Carlitos Alves

Obrigado a todos(as) que partilham comigo
um pouco de sua alimentação saudável!
Aos meus grandes amigos(as)
que são meu esteio na hora difícil
e meus companheiros na alegria do dia a dia...

E só



E só



Amor reconhece Amor






Carlitos Alves

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Dor de saudade



Dor de saudade


Dor de saudade é aguda e fina
petrifica o olhar
amolece o corpo
baldeia a mente

Dor de saudade aguça os sentidos
sufoca a fome e a sede
tange o sono

A boca fica amarga
e a pele sem viço
... vontade de sumir...

Só sabe quem ama!

Dor de saudade confunde a gente
ora se tem raiva
ora alegria
ora uma tristeza profunda
faz da vida uma gangorra

Dor de saudade sangra o peito
(e não há curativo
nem remédio neste mundo
que estanque o sangramento)
Apenas a pessoa amada!

Respiração pesaaaada
Chorodesatado
Co ra ção doído
Desejo de desviver
...

É dor de saudade!
Malvada
Repetitiva

Que não diminui
não alivia
nem sossega
na ausência da pessoa amada

Dor de saudade...
Só sabe quem ama!


Carlitos Alves

Para Lia


domingo, 8 de dezembro de 2013

Te ver - Skank



Te ver - Skank




Te ver e não te querer
É improvável, é impossível
Te ter e ter que esquecer
É insuportável
É dor incrível...

É como mergulhar no rio
E não se molhar
É como não morrer de frio
No gelo polar
É ter o estômago vazio
Não almoçar
É ver o céu se abrir no estio
E não se animar...

Te ver e não te querer
É improvável, é impossível
Te ter e ter que esquecer
É insuportável
É dor incrível...

É como esperar o prato
E não salivar
Sentir apertar o sapato
E não descalçar
É ver alguém feliz de fato
Sem alguém prá amar
É como procurar no mato
Estrela do mar...

Te ver e não te querer
É improvável, é impossível
Te ter e ter que esquecer
É insuportável
É dor incrível...

É como não sentir calor
Em Cuiabá
Ou como no Arpoador
Não ver o mar
É como não morrer de raiva
Com a política
Ignorar que a tarde
Vai vadiar e mítica
É como ver televisão
E não dormir
Ver um bichano pelo chão
E não sorrir
E como não provar o nectar
de um lindo amor
Depois que o coração detecta
A mais fina flor...

Te ver e não te querer
É improvável, é impossível
Te ter e ter que esquecer
É insuportável
É dor incrível...

Salve Mãe Iemanjá, hoje é dia de louvar e agradecer!



Salve Mãe Iemanjá




Dia lindo!!!!!



Pintura de Mônica San Galo.

Iemanjá acolhe e cuida de seus filhos
com compaixão, alegria e amor!
Mãezinha do mar,
obrigado pelas bençãos de sempre!

Dicas para conservação e limpeza de potes de plástico e de vidro



CONSERVAÇÃO

  • Comece substituindo os potes quebrados e sem tampa por potes novos, se possível com cores diferentes e etiquete-os distinguindo os destinados aos doces e dos destinados aos salgados. Facilitará a limpeza e diminuirá a ocorrência de odores ruins ou misturados;
  • Forre os potes plásticos com papel manteiga antes de armazenar os alimentos, para proteger estes da contaminação pelas substâncias químicas presentes no plástico!;
  • Nunca exponha potes plásticos ao sol, deixe-os secarem naturalmente ou seque-os com um pano limpo e seco;
  • Evite colocá-los ou às suas tampas empilhados ou sob qualquer outro objeto, pois isso certamente lhes provocará deformidades;
  • Ao retirar o pote do freezer molhe-o com água corrente antes de abrí-lo, para que o mesmo não quebre;

LIMPEZA

  • Use duas esponjas diferentes para lavar os potes. Uma para aqueles que tem gordura e outra para os demais;
  • A consultora de limpeza Adriana Westerberg sugere que se separe um dia por semana para higienizar os potes de um modo mais eficaz, com vidro e plástico tendo cada qual um manejo diferente. A seguir está a sugestão de Adriana;
  • Para os potes de vidro: separe-os, com suas respectivas tampas, forre o interior de uma panela com um pano de prato, ponha-a no fogo e coloque os potes em seu interior, virados para baixo. Ponha água na panela e deixe ferver. Tampas de metal também devem ir ao fogo, para fervura em outra panela durante alguns minutos. 5 minutos é o suficiente. Ao final retire os potes e suas tampas das panelas e deixe-os secarem;
  • Para os potes de plástico: Em uma vasilha misture dois litros de água e duas colheres de sal de frutas. Ponha os potes nesta vasilha e deixe-os "de molho" por dois minutos. Passado o tempo recomendado enxague os potes e deixe-os secarem.


Dica filé: O ideal mesmo é substituir os potes de plástico por potes de vidro, que são mais fáceis de limpar, mais higiênicos e livres de BPA (bisfenol). O BPA é um produto químico utilizado no plástico para torná-lo mais flexível, transparente e resistente. Estudos indicam que este produto pode ter relação com câncer de mama e próstata, diabetes, obesidade, problemas cardíacos, dentre outras doenças. Não à toa que o BPA é proibido de ser utilizado na fabricação de objetos para alimentação infantil em diversos países. Aqui no Brasil o BPA é proibido em mamadeiras desde o início de 2013. Fica a dica!

8º Fest Aruanda

Ney Matogrosso é a principal atração do 8º Fest Aruanda


Edição do Festival Aruanda do Audiovisual Brasileiro acontece de 13 a 19 de dezembro, no Cinespaço – Mag Shopping, em João Pessoa; evento é gratuito

A Universidade Federal da Paraíba, através do Núcleo de Estudos, Pesquisa e Produção Audiovisual (Neppau), realiza a 8ª Edição do Festival Aruanda do Audiovisual Brasileiro, que ocorre de 13 a 19 de dezembro, no Cinespaço – Mag Shopping, em João Pessoa. Entre os homenageados estão o cantor Ney Matogrosso, que receberá o Troféu Aruanda como ator, e Lázaro Ramos, com o Troféu Aruanda como ator e pelo programa Espelho do Canal Brasil. A entrada é gratuita, sendo os ingressos retirados até uma hora antes das sessões.


Na programação, o Fest Aruanda promove a mostra competitiva de curtas-metragens, a mostra competitiva de longas inéditos na Paraíba, como também oficinas, lançamentos de livros, exibições de curtas paraibanos, palestras e seminários, como a do diretor Vladimir Carvalho com o tema “50 anos de Ditadura Militar pelo Olhar do Cinema Brasileiro”. O evento conta também com o patrocínio da Prefeitura Municipal de João Pessoa.

Abertura

A solenidade de abertura acontece no dia 13 de dezembro, às 20h, com o curta-metragem “O mural que o vento levou” (12min, PB, 2013), de Wills Leal e Mirabeau Dias, como também a exibição do documentário Olho Nu (104min, RJ, 2012), fragmentos selecionados em 300 horas de material guardados pelo artista Ney Matogrosso, como uma entrevista concedida ao comediante Grande Otelo.

Oficinas

Estão abertas até o próximo sábado (07) as inscrições para as oficinas do festival, que este ano serão três, sendo duas delas relacionadas ao estudo do documentário e uma sobre sonoridade aplicada ao audiovisual. As aulas serão ministradas nos dias 16, 17 e 18 de dezembro, no período da tarde. São 75 vagas no total, mas algumas possuem pré-requisitos. Para participar, baste enviar e-mail parafestaruanda@gmail.com, contendo nome, endereço, telefone e currículo resumido.

A programação completa pode ser conferida em http://festaruanda.com.br/blog/2013/12/02/programacao/. Mais informações, através dos telefones (83) 3048-1000 ou (83) 2107-7777.
Agência de Notícias da UFPB - Ítalo Rômany (estagiário)

Texto extraído na íntegra do endereço http://www.ufpb.br

Primeiro as dores, depois as flores



Primeiro as dores, depois as flores
(companheiros)


Durma bem
e acorde melhor ainda
N'algum lugar por aí
repousas na cama de sonhos

Companheira última
à distância já demos as mãos
mesmo sem sabermos um do outro

Eu te procurei
e tu me procuraste
errando no caminho traiçoeiro

A gente se enganou com frequência
pensando ser aquele o verdadeiro encontro
Falso cognato!

A sabedoria interna me diz
que ainda remaremos muito
até nos chegarmos

Quem sabe apenas ao final
de nossa jornada
Quando não restar quase nada
Havemos de nos reconhecer

As caras quebradas
que se ansiaram
que se apoiaram a sós

E juntos suportaremos as dores
os medos
 as angústias
prá colhermos as flores


Carlitos Alves

Àquela que ainda não veio
para sairmos juntos da escuridão!
Um dia nos encontraremos...

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Nove luas



NOVE LUAS


O grão
do pão
no chão
no vão
se espalha
toma a rua

Melão
maçã
mamão
Semente
Pólen
à mesa tua

Sei não
sei não
a tua
mão
na minha
mão
flutua

Meu coração
teu coração
Barriga
Umbigo
Lua


Carlitos

Esta pequena Loa
bem que poderia se chamar
 Maria Rita,
minha delicada inspiração
que virá de algum lugar,
a aquietar meu peito
e alegrar um pouco mais
minha existência
após nove luas.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Discurso do Presidente Uruguaio, Jose 'Pepe" Mujica, na ONU (24 de setembro de 2013) contra o capitalismo e o individualismo. Peço desculpas pela tradução, ainda estou revisando, mas creio que é possível bem compreender a fala de "Pepe". Para tanto, o vídeo está legendado! Em breve o texto estará melhor traduzido e sem os erros de português. PS: se ao seu final ao áudio reduzir o volume, conecte um fone de ouvido ao pc ou ao celular e ouça com perfeição. Gracias pela paciência!








Amigos, sou do sul, venho do sul. Esquina do Atlântico e do Prata, meu país é uma planície suave, temperada, uma história de portos, couros, charque, lãs e carne. Houve décadas púrpuras, de lanças e cavalos, até que, por fim, no arrancar do século 20, passou a ser vanguarda no social, no Estado, no Ensino. Diria que a social-democracia foi inventada no Uruguai.
Durante quase 50 anos, o mundo nos viu como uma espécie de Suíça. Na realidade, na economia, fomos bastardos do império britânico e, quando ele sucumbiu, vivemos o amargo mel do fim de mudanças funestas, e ficamos estancados, sentindo falta do passado.
Quase 50 anos recordando o Maracanã, nossa façanha esportiva. Hoje, ressurgimos no mundo globalizado, talvez aprendendo de nossa dor. Minha história pessoal, a de um rapaz — porque, uma vez, fui um rapaz — que, como outros, quis mudar seu tempo, seu mundo, o sonho de uma sociedade libertária e sem classes. Meus erros são, em parte, filhos de meu tempo. Obviamente, os assumo, mas há vezes que medito com nostalgia.
Quem tivera a força de quando éramos capazes de abrigar tanta utopia! No entanto, não olho para trás, porque o hoje real nasceu das cinzas férteis do ontem. Pelo contrário, não vivo para cobrar contas ou para reverberar memórias.
Me angustia, e como, o amanhã que não verei, e pelo qual me comprometo. Sim, é possível um mundo com uma humanidade melhor, mas talvez, hoje, a primeira tarefa seja cuidar da vida.
Mas sou do sul e venho do sul, a esta Assembleia, carrego inequivocamente os milhões de compatriotas pobres, nas cidades, nos desertos, nas selvas, nos pampas, nas depressões da América Latina pátria de todos que está se formando.
Carrego as culturas originais esmagadas, com os restos de colonialismo nas Malvinas, com bloqueios inúteis a este jacaré sob o sol do Caribe que se chama Cuba. Carrego as consequências da vigilância eletrônica, que não faz outra coisa que não despertar desconfiança. Desconfiança que nos envenena inutilmente. Carrego uma gigantesca dívida social, com a necessidade de defender a Amazônia, os mares, nossos grandes rios na América.
Carrego o dever de lutar por pátria para todos.
Para que a Colômbia possa encontrar o caminho da paz, e carrego o dever de lutar por tolerância, a tolerância é necessária para com aqueles que são diferentes, e com os que temos diferências e discrepâncias. Não se precisa de tolerância com aqueles com quem estamos de acordo.
A tolerância é o fundamento de poder conviver em paz, e entendendo que, no mundo, somos diferentes.
O combate à economia suja, ao narcotráfico, ao roubo, à fraude e à corrupção, pragas contemporâneas, procriadas por esse antivalor, esse que sustenta que somos felizes se enriquecemos, seja como seja. Sacrificamos os velhos deuses imateriais. Ocupamos o templo com o deus mercado, que nos organiza a economia, a política, os hábitos, a vida e até nos financia em parcelas e cartões a aparência de felicidade.
Parece que nascemos apenas para consumir e consumir e, quando não podemos, nos enchemos de frustração, pobreza e até autoexclusão.
O certo, hoje, é que, para gastar e enterrar os detritos nisso que se chama pela ciência de poeira de carbono, se aspirarmos nesta humanidade a consumir como um americano médio, seriam imprescindíveis três planetas para poder viver.
Nossa civilização montou um desafio mentiroso e, assim como vamos, não é possível satisfazer esse sentido de esbanjamento que se deu à vida. Isso se massifica como uma cultura de nossa época, sempre dirigida pela acumulação e pelo mercado.
Prometemos uma vida de esbanjamento, e, no fundo, constitui uma conta regressiva contra a natureza, contra a humanidade no futuro. Civilização contra a simplicidade, contra a sobriedade, contra todos os ciclos naturais.
O pior: civilização contra a liberdade que supõe ter tempo para viver as relações humanas, as únicas que transcendem: o amor, a amizade, aventura, solidariedade, família.
Civilização contra tempo livre que não é pago, que não se pode comprar, e que nos permite contemplar e esquadrinhar o cenário da natureza.
Arrasamos a selva, as selvas verdadeiras, e implantamos selvas anônimas de cimento. Enfrentamos o sedentarismo com esteiras, a insônia com comprimidos, a solidão com eletrônicos, porque somos felizes longe da convivência humana.
Cabe se fazer esta pergunta, ouvimos da biologia que defende a vida pela vida, como causa superior, e a suplantamos com o consumismo funcional à acumulação.
A política, eterna mãe do acontecer humano, ficou limitada à economia e ao mercado. De salto em salto, a política não pode mais que se perpetuar, e, como tal, delegou o poder, e se entretém, aturdida, lutando pelo governo. Debochada marcha de historieta humana, comprando e vendendo tudo, e inovando para poder negociar de alguma forma o que é inegociável. Há marketing para tudo, para os cemitérios, os serviços fúnebres, as maternidades, para pais, para mães, passando pelas secretárias, pelos automóveis e pelas férias. Tudo, tudo é negócio.
Todavia, as campanhas de marketing caem deliberadamente sobre as crianças, e sua psicologia para influir sobre os adultos e ter, assim, um território assegurado no futuro. Sobram provas de essas tecnologias bastante abomináveis que, por vezes, conduzem a frustrações e mais.
O homenzinho médio de nossas grandes cidades perambula entre os bancos e o tédio rotineiro dos escritórios, às vezes temperados com ar condicionado. Sempre sonha com as férias e com a liberdade, sempre sonha com pagar as contas, até que, um dia, o coração para, e adeus. Haverá outro soldado abocanhado pelas presas do mercado, assegurando a acumulação. A crise é a impotência, a impotência da política, incapaz de entender que a humanidade não escapa nem escapará do sentimento de nação. Sentimento que está quase incrustado em nosso código genético.
Hoje é tempo de começar a talhar para preparar um mundo sem fronteiras. A economia globalizada não tem mais condução que o interesse privado, de muitos poucos, e cada Estado Nacional mira sua estabilidade continuísta, e hoje a grande tarefa para nossos povos, em minha humilde visão, é o todo.
Como se isto fosse pouco, o capitalismo produtivo, francamente produtivo, está meio prisioneiro na caixa dos grandes bancos. No fundo, são o vértice do poder mundial. Mais claro, cremos que o mundo requer a gritos regras globais que respeitem os avanços da ciência, que abunda. Mas não é a ciência que governa o mundo. Se precisa, por exemplo, uma larga agenda de definições, quantas horas de trabalho e toda a terra, como convergem as moedas, como se financia a luta global pela água e contra os desertos.
Como se recicla e se pressiona contra o aquecimento global. Quais são os limites de cada grande questão humana. Seria imperioso conseguir consenso planetário para desatar a solidariedade com os mais oprimidos, castigar impositivamente o esbanjamento e a especulação. Mobilizar as grandes economias não para criar descartáveis com obsolescência calculada, mas bens úteis, sem fidelidade, para ajudar a levantar os pobres do mundo. Bens úteis contra a pobreza mundial. Mil vezes mais rentável que fazer guerras. Virar um neo-keynesianismo útil, de escala planetária, para abolir as vergonhas mais flagrantes deste mundo.
Talvez nosso mundo necessite menos de organismos mundiais, desses que organizam fórums e conferências, que servem muito às cadeias hoteleiras e às companhias aéreas e, no melhor dos casos, não reúne ninguém e transforma em decisões...
Precisamos sim mascar muito o velho e o eterno da vida humana junto da ciência, essa ciência que se empenha pela humanidade não para enriquecer; com eles, com os homens de ciência da mão, primeiros conselheiros da humanidade, estabelecer acordos para o mundo inteiro. Nem os Estados nacionais grandes, nem as transnacionais e muito menos o sistema financeiro deveriam governar o mundo humano. Sim, a alta política entrelaçada com a sabedoria científica, ali está a fonte. Essa ciência que não apetece o lucro, mas que mira o por vir e nos diz coisas que não escutamos. Quantos anos faz que nos disseram coisas que não entendemos? Creio que se deve convocar a inteligência ao comando da nave acima da terra, coisas assim e coisas que não posso desenvolver nos parecem impossíveis, mas requeririam que o determinante fosse a vida, não a acumulação.
Obviamente, não somos tão iludidos, nada disso acontecerá, nem coisas parecidas. Nos restam muitos sacrifícios inúteis daqui para diante, muitos remendos de consciência sem enfrentar as causas. Hoje, o mundo é incapaz de criar regras planetárias para a globalização e isso é pela enfraquecimento da alta política, isso que se ocupa de todo. Por último, vamos assistir ao refúgio de acordos mais ou menos "reclamáveis", que vão plantear um comércio interno livre, mas que, no fundo, terminarão construindo parapeitos protecionistas, supranacionais em algumas regiões do planeta. A sua vez, crescerão ramos industriais importantes e serviços, todos dedicados a salvar e a melhorar o meio ambiente. Assim vamos nos consolar por um tempo, estaremos entretidos e, naturalmente, continuará a parecer que a acumulação é boa, para a alegria do sistema financeiro.
Continuarão as guerras e, portanto, os fanatismos, até que, talvez, a mesma natureza faça um chamado à ordem e torne inviáveis nossas civilizações. Talvez nossa visão seja demasiado crua, sem piedade, e vemos ao homem como uma criatura única, a única que há acima da terra capaz de ir contra sua própria espécie. Volto a repetir, porque alguns chamam a crise ecológica do planeta de consequência do triunfo avassalador da ambição humana. Esse é nosso triunfo e também nossa derrota, porque temos impotência política de nos enquadrarmos em uma nova época. E temos contribuído para sua construção sem nos dar conta.
Por que digo isto? São dados, nada mais. O certo é que a população quadruplicou e o PIB cresceu pelo menos vinte vezes no último século. Desde 1990, aproximadamente a cada seis anos o comércio mundial duplica. Poderíamos seguir anotando dados que estabelecem a marcha da globalização. O que está acontecendo conosco? Entramos em outra época aceleradamente, mas com políticos, enfeites culturais, partidos e jovens, todos velhos ante a pavorosa acumulação de mudanças que nem sequer podemos registrar. Não podemos manejar a globalização porque nosso pensamento não é global. Não sabemos se é uma limitação cultural ou se estamos chegano a nossos limites biológicos.
Nossa época é portentosamente revolucionária como não conheceu a história da humanidade. Mas não tem condução consciente, ou ao menos condução simplesmente instintiva. Muito menos, todavia, condução política organizada, porque nem se quer tivemos filosofia precursora ante a velocidade das mudanças que se acumularam.
A cobiça, tão negativa e tão motor da história, essa que impulsionou o progresso material técnico e científico, que fez o que é nossa época e nosso tempo e um fenomenal avanço em muitas frentes, paradoxalmente, essa mesma ferramenta, a cobiça que nos impulsionou a domesticar a ciência e transformá-la em tecnologia nos precipita a um abismo nebuloso. A uma história que não conhecemos, a uma época sem história, e estamos ficando sem olhos nem inteligência coletiva para seguir colonizando e para continuar nos transformando.
Porque se há uma característica deste bichinho humano é a de que é um conquistador antropológico.
Parece que as coisas tomam autonomia e essas coisas subjugam os homens. De um lado a outro, sobram ativos para vislumbrar tudo isso e para vislumbrar o rombo. Mas é impossível para nós coletivizar decisões globais por esse todo. A cobiça individual triunfou grandemente sobre a cobiça superior da espécie. Aclaremos: o que é "tudo", essa palavra simples, menos opinável e mais evidente? Em nosso Ocidente, particularmente, porque daqui viemos, embora tenhamos vindo do sul, as repúblicas que nasceram para afirmas que os homens são iguais, que ninguém é mais que ninguém, que os governos deveriam representar o bem comum, a justiça e a igualdade. Muitas vezes, as repúblicas se deformam e caem no esquecimento da gente que anda pelas ruas, do povo comum.
Não foram as repúblicas criadas para vegetar, mas ao contrário, para serem um grito na história, para fazer funcionais as vidas dos próprios povos e, por tanto, as repúblicas que devem às maiorias e devem lutar pela promoção das maiorias.
Seja o que for, por reminiscências feudais que estão em nossa cultura, por classismo dominador, talvez pela cultura consumista que rodeia a todos, as repúblicas frequentemente em suas direções adotam um viver diário que exclui, que se distância do homem da rua.
Esse homem da rua deveria ser a causa central da luta política na vida das repúblicas. Os gobernos republicanos deveriam se parecer cada vez mais com seus respectivos povos na forma de viver e na forma de se comprometer com a vida.
A verdade é que cultivamos arcaísmos feudais, cortesias consentidas, fazemos diferenciações hierárquicas que, no fundo, amassam o que têm de melhor as repúblicas: que ninguém é mais que ninguém. O jogo desse e de outros fatores nos retém na pré-história. E, hoje, é impossível renunciar à guerra cuando a política fracassa. Assim, se estrangula a economia, esbanjamos recursos.
Ouçam bem, queridos amigos: em cada minuto no mundo se gastam US$ 2 milhões em ações militares nesta terra. Dois milhões de dólares por minuto em inteligência militar!! Em investigação médica, de todas as enfermidades que avançaram enormemente, cuja cura dá às pessoas uns anos a mais de vida, a investigação cobre apenas a quinta parte da investigação militar.
Este processo, do qual não podemos sair, é cego. Assegura ódio e fanatismo, desconfiança, fonte de novas guerras e, isso também, esbanjamento de fortunas. Eu sei que é muito fácil, poeticamente, autocriticarmo-nos pessoalmente. E creio que seria uma inocência neste mundo plantear que há recursos para economizar e gastar em outras coisas úteis. Isso seria possível, novamente, se fôssemos capazes de exercitar acordos mundiais e prevenções mundiais de políticas planetárias que nos garantissem a paz e que a dessem para os mais fracos, garantia que não temos. Aí haveria enormes recursos para deslocar e solucionar as maiores vergonhas que pairam sobre a Terra. Mas basta uma pergunta: nesta humanidade, hoje, onde se iria sem a existência dessas garantias planetárias? Então cada qual esconde armas de acordo com sua magnitude, e aqui estamos, porque não podemos raciocinar como espécie, apenas como indivíduos.
As instituições mundiais, particularmente hoje, vegetam à sombra consentida das dissidências das grandes nações que, obviamente, querem reter sua cota de poder.
Bloqueiam esta ONU que foi criada com uma esperança e como um sonho de paz para a humanidade. Mas, pior ainda, desarraigam-na da democracia no sentido planetário porque não somos iguais. Não podemos ser iguais nesse mundo onde há mais fortes e mais fracos. Portanto, é uma democracia ferida e está cerceando a história de um possível acordo mundial de paz, militante, combativo e verdadeiramente existente. E, então, remendamos doenças ali onde há eclosão, tudo como agrada a algumas das grandes potências. Os demais olham de longe. Não existimos.
Amigos, creio que é muito difícil inventar uma força pior que nacionalismo chovinista das grandes potências. A força é que liberta os fracos. O nacionalismo, tão pai dos processos de descolonização, formidável para os fracos, se transforma em uma ferramenta opressora nas mãos dos fortes e, nos últimos 200 anos, tivemos exemplos disso por toda a parte.
A ONU, nossa ONU, enlanguece, se burocratiza por falta de poder e de autonomia, de reconhecimento e, sobretudo, de democracia para o mundo mais fraco que constitui a maioria esmagadora do planeta. Mostro um pequeno exemplo, pequenino. Nosso pequeno país tem, em termos absolutos, a maior quantidade de soldados em missões de paz em todos os países da América Latina. E ali estamos, onde nos pedem que estejamos. Mas somos pequenos, fracos. Onde se repartem os recursos e se tomam as decisões, não entramos nem para servir o café. No mais profundo de nosso coração, existe um enorme anseio de ajudar para que o homem saia da pré-história. Eu defino que o homem, enquanto viver em clima de guerra, está na pré-história, apesar dos muitos artefatos que possa construir.
Até que o homem não saia dessa pré-história e arquive a guerra como recurso quando a política fracassa, essa é a larga marcha e o desafio que temos daqui adiante. E o dizemos com conhecimento de causa. Conhecemos a solidão da guerra. No entanto, esses sonhos, esses desafios que estão no horizonte implicam lutar por uma agenda de acordos mundiais que comecem a governar nossa história e superar, passo a passo, as ameaças à vida. A espécie como tal deveria ter um governo para a humanidade que superasse o individualismo e primasse por recriar cabeças políticas que acudam ao caminho da ciência, e não apenas aos interesses imediatos que nos governam e nos afogam.
Paralelamente, devemos entender que os indigentes do mundo não são da África ou da América Latina, mas da humanidade toda, e esta deve, como tal, globalizada, empenhar-se em seu desenvolvimento, para que possam viver com decência de maneira autônoma. Os recursos necessários existem, estão neste depredador esbanjamento de nossa civilização.
Há poucos dias, fizeram na Califórnia, em um corpo de bombeiros, uma homenagem a uma lâmpada elétrica que está acesa há cem anos. Cem anos que está acesa, amigo! Quantos milhões de dólares nos tiraram dos bolsos fazendo deliberadamente porcarias para que as pessoas comprem, comprem, comprem e comprem.
Mas esta globalização de olhar para todo o planeta e para toda a vida significa uma mudança cultural brutal. É o que nos requer a história. Toda a base material mudou e cambaleou, e os homens, com nossa cultura, permanecem como se não houvesse acontecido nada e, em vez de governarem a civilização, deixam que ela nos governe. Há mais de 20 anos que discutimos a humilde taxa Tobin. Impossível aplicá-la no tocante ao planeta. Todos os bancos do poder financeiro se irrompem feridos em sua propriedade privada e sei lá quantas coisas mais. Mas isso é paradoxal. Mas, com talento, com trabalho coletivo, com ciência, o homem, passo a passo, é capaz de transformar o deserto em verde.
O homem pode levar a agricultura ao mar. O homem pode criar vegetais que vivam na água salgada. A força da humanidade se concentra no essencial. É incomensurável. Ali estão as mais portentosas fontes de energia. O que sabemos da fotossíntese? Quase nada. A energia no mundo sobra, se trabalharmos para usá-la bem. É possível arrancar tranquilamente toda a indigência do planeta. É possível criar estabilidade e será possível para as gerações vindouras, se conseguirem raciocinar como espécie e não só como indivíduos, levar a vida à galáxia e seguir com esse sonho conquistador que carregamos em nossa genética.
Mas, para que todos esses sonhos sejam possíveis, precisamos governar a nos mesmos, ou sucumbiremos porque não somos capazes de estar à altura da civilização em que fomos desenvolvendo.
Este é nosso dilema. Não nos entretenhamos apenas remendando consequências. Pensemos na causa profundas, na civilização do esbanjamento, na civilização do usa-tira que rouba tempo mal gasto de vida humana, esbanjando questões inúteis. Pensem que a vida humana é um milagre. Que estamos vivos por um milagre e nada vale mais que a vida. E que nosso dever biológico, acima de todas as coisas, é respeitar a vida e impulsioná-la, cuidá-la, procriá-la e entender que a espécie é nosso "nós".

Obrigado.

Tradução: Fernanda Grabauska

Amantes


AMANTES


Lábios doces
dos olhos de mel

Quando nos encontramos a primeira vez
tu acariciando meu rosto
eu embevecido em tua tez
ficamos perdidos noites inteiras
em nossa morenice faceira

Fomos infantes
Fomos amigos
Fomos amantes

Criamos um 3º mundo
nem meu, nem teu
1ª pessoa do plural
possessivo de liberdade

Vivemos o início de nossa juventude
amando-nos amiúde
como se fora o último momento de nossas vidas

Instantes de perdição no amor
baldeados pela intensidade fulgurante
da entrega de dois jovens amantes


Carlitos

Hambúrguer de soja

HAMBÚRGUER DE SOJA




  • INGREDIENTES:
  •  150 g de Proteína de Soja Texturizada;
  •  1 cebola grande ralada;
  •  3 dentes de alho picados;
  •  Coentro e cebolinha à gosto;
  •  Pimenta do reino;
  •  Farinha de trigo para dar liga à massa.

  • PREPARO:
  • Cozinhe a soja em água fervente;
  • Após a primeira fervura, escorra a soja, lave com água fria e coloque para ferver mais uma vez. Ao final da segunda fervura, escorra mais uma vez;
  • Junte a soja e todos os outros ingredientes em um recipiente grande (a exceção da farinha que deve ser adicionada gradativamente até "dar liga".
  • Frite a massa no azeite ou asse ao forno.

Dica: Você pode por um limão na panela, durante o primeiro cozimento (para extrair o ranço da soja)!


Bom apetite!

domingo, 29 de setembro de 2013

ECO AR



ECO AR


- Ei!
Ei
Ei
Ei
Ei
Ei
Ei
Ei

- Tem alguém aí?
Alguém aí?
Alguém aí?
Alguém aí?
Alguém aí?
Alguém aí?
Alguém aí?
Alguém aí?

- Eei!
Ei
Ei
Ei
Ei
Ei
Ei
Ei

- Tem alguém aí?
Alguém aí?
Alguém aí?
Alguém aí?
Alguém aí?
Alguém aí?
Alguém aí?
Alguém aí?

- Eeei!
Ei
Ei
Ei
Ei
Ei
Ei
Ei

- Tem alguém aí?
Alguém aí?
Alguém aí?
Alguém aí?
Alguém aí?
Alguém aí?
Alguém aí?
Alguém aí?

- Eeeei!
Ei
Ei
Ei
Ei
Ei
Ei
Ei

- Tem alguém aí?
Alguém aí?
Alguém aí?
Alguém aí?
Alguém aí?
Alguém aí?
Alguém aí?
Alguém aí?

Carlitos

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

O último instante


O ÚLTIMO INSTANTE


Que eu tivesse agora
o meu vinho
e uma taça,
ou um copo,
um pedaço de papel 
e uma caneta!

Prá que eu bebesse e rabiscasse
e a caneta secasse
e o papel acabasse
e o vinho esgotasse
e no final eu morresse!


CARLITOS

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Festival Mobile na Usina Cultural em João Pessoa








Ponha na sua agenda e fuce muito quando chegar o dia!

De 18 a 20 de Outubro de 2013 na Usina Cultural da Energisa (final da av. Epitácio Pessoa).

PS: É naquele mesmo cantinho onde a gente curtiu as edições do CINEPORT!

Há braços.
Carlitos

Projeto Intervalos Instrumentais - SESC PB




Aí galera, vale sacar/participar também do workshop de contrabaixo com Thiago do Espírito Santo! Acontece durante o evento: 03/10 em João Pessoa e 04/10 em Campina Grande. Imperdível!!!

Abraços Musicais!

Carlitos.

I SEMANA DE HISTÓRIA DA UFPB


I SEMANA DE HISTÓRIA DA UFPB - 18 a 22 de novembro de 2013


TEMA: A FUNÇÃO SOCIAL DO HISTORIADOR

CALENDÁRIO PROPOSTO

26 de agosto a 15 de outubro – Envio de propostas Minicursos26 de agosto a 11 de outubro – Envio dos resumos para as sessões coordenadas12 a 26 de outubro – Seleção30 de outubro - Divulgação dos resumos


Programação:


1 - Minicursos:
2 – Palestra de abertura:  O papel social do historiador
3 – Sala de Debates:·         O ensino de História: quais os nossos desafios?
·         História e programas de extensão
·         Pesquisa histórica
4 – Sessões Coordenadas:·         * A extensão e sua ação social no trabalho historiador
·         *  A importância da pesquisa no papel do historiador
·         *  História e ensino
5 – Assembleia: A função do CA e dos movimentos estudantis
6 – Encerramento


Normas para resumos  


Times NewRoman, fonte 12Espaço Simples e Justificado, sem entrada de parágrafoTítulo caixa alta, negritoNome em itálico, margem direitaVinculação institucional, titulação e e-mail em nota de rodapé.Até 500 palavrasCom três palavras chaves
Configuração da página: formato A4; margens: superior e inferior 2,5 cm; esquerda 3,0 cm e direita 2,0; 

OBS: Podem ser apresentados trabalhos resultantes de:  TCCs, monitorias, projetos institucionais, estágios, grupos de estudo; 


Normas para propostas de minicurso


Enviar plano de curso contendo:Tema;Carga horária (8h)Objetivos geral e específicos;Metodologia;Conteúdo;Recursos;Referências.O plano deve ter no máximo duas laudas, arquivo em PDF;Poderá ter no máximo três ministrantes.

EMAIL PARA ENVIO DE RESUMOS E PROPOSTAS DE MINICURSO:

1semanadehistoria@gmail.com