sábado, 26 de dezembro de 2015

Dolores Duran - O negócio é amar







O Negócio É Amar

Tem gente que ama e vive brigando
E depois que briga acaba voltando
Tem gente que canta porque está amando
Quem não tem amor leva a vida esperando

Uns amam pra frente e nunca se esquecem
Mas são tão pouquinhos que nem aparecem
Tem uns que são fracos, que dão pra beber
Outros fazem samba e adoram sofrer

Tem apaixonado que faz serenata
Tem amor de raça e amor vira-lata
Amor com champanhe, amor com cachaça
Amor nos iates, nos bancos de praça

Tem homem que briga pela bem amada
Tem mulher maluca que atura porrada
Tem quem ama tanto que até enlouquece
Tem quem  a vida por quem não merece

Amores à vista, amores à prazo
Amor ciumento que  cria caso
Tem gente que jura que não volta mais
Mas jura sabendo que não é capaz

Tem gente que escreve até poesia
E rima saudade com hipocrisia
Tem assunto à beça pra gente falar
Mas não interessa, o negócio é amar

Dolores Duran

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Amor I



Amor I



Amor

Amor aos pássaros
aos cachorros
aos gatos

às mãos
aos pés
aos sapatos

Amor à música
ao canto
ao acalanto

ao riso
ao choro
ao pranto

Amor à família
Amor de pai
de mãe
de irmão
Amordeamigo!

Amor consigo(mesmo)
Amor contigo

Amor de batucada
de samba
de madrugada

Amor de rock
de pop
de toque
de plic ploc

Amor intuição
Amor avesso
Amor travesso

Não importa a cor
nem o cheiro
nem a origem

Amor não tem classe
Amor só tem vertigem

Amor,
acima de tudo, amor



Carlitos Alves

Para minha Catita.
Natal sem você não tem graça!
Senti sua falta...



Uma mulher vestida de sol




Uma mulher vestida de sol
(Luanda de sol)



Rasgar o fato
e dar um nó
Torrar as tripas d'um socó

Rasgar o fato
e dar um nó
Torrar as tripas d'um socó

Bem na mistura
coquetel de rapadura
xique-xique
pinga pura
c'um pedaço de mocó

Ê sertaneja
pé no chão
se sacoleja
Não desiste nem fraqueja
Não se entrega para o sol

Rasgar o fato
e dar um nó
Torrar as tripas d'um socó

Rasgar o fato
e dar um nó
Torrar as tripas d'um socó

Ai, carcará,
montada na cacunda
da boiada moribunda
de segunda a segunda
arrastando sonho e pó!

Grita, menina!
Ergue o braço, Severina
Joga a fera lá pra cima
Tira o povo da surdina
Co'a a esperança no gogó!

Ai, carcará,
montada na cacunda
da boiada moribunda
de segunda a segunda
arrastando sonho e pó!

Grita, menina!
Ergue o braço, Severina
Tira o povo da surdina
Co'a a esperança nordestina
na puxada do gogó!

Rasgar o fato
e dar um nó
Torrar as tripas d'um socó

Rasgar o fato
e dar um nó
Torrar as tripas d'um socó

Rasgar o fato
e dar um nó
Torrar as tripas d'um socó

Rasgar o fato
e dar um nó
Torrar as tripas d'um socó

Rasgar o fato... (refrão)



Carlitos Alves

Criar um fato ou dar um nó
que justifique o quiprocó.

Etérea



Etérea


Céu de João Pessoa
A mulher etérea teima em pairar

Peguei carona em sua azulice
De braços abertos
com sede de amar

Cada passo um traço de vida

Ousada
atenta
quente
bandida

Mutante charmosa
nêga vivida

Quem dera
quem dera ela me visse
mãos de fada
olhos de lince
no cabelo creme rinse
pronta prá rua
sem medo de dar



Carlitos Alves