sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Uma mulher vestida de sol




Uma mulher vestida de sol
(Luanda de sol)



Rasgar o fato
e dar um nó
Torrar as tripas d'um socó

Rasgar o fato
e dar um nó
Torrar as tripas d'um socó

Bem na mistura
coquetel de rapadura
xique-xique
pinga pura
c'um pedaço de mocó

Ê sertaneja
pé no chão
se sacoleja
Não desiste nem fraqueja
Não se entrega para o sol

Rasgar o fato
e dar um nó
Torrar as tripas d'um socó

Rasgar o fato
e dar um nó
Torrar as tripas d'um socó

Ai, carcará,
montada na cacunda
da boiada moribunda
de segunda a segunda
arrastando sonho e pó!

Grita, menina!
Ergue o braço, Severina
Joga a fera lá pra cima
Tira o povo da surdina
Co'a a esperança no gogó!

Ai, carcará,
montada na cacunda
da boiada moribunda
de segunda a segunda
arrastando sonho e pó!

Grita, menina!
Ergue o braço, Severina
Tira o povo da surdina
Co'a a esperança nordestina
na puxada do gogó!

Rasgar o fato
e dar um nó
Torrar as tripas d'um socó

Rasgar o fato
e dar um nó
Torrar as tripas d'um socó

Rasgar o fato
e dar um nó
Torrar as tripas d'um socó

Rasgar o fato
e dar um nó
Torrar as tripas d'um socó

Rasgar o fato... (refrão)



Carlitos Alves

Criar um fato ou dar um nó
que justifique o quiprocó.

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