sábado, 7 de setembro de 2013

Ponta-de-mato



PONTA-DE-MATO


Manhã chegando
Vento frio
(adeus inverno)

Passos da primavera
Moleca,
penteando os coqueiros
"- Com licença, com licença.
Estou indo,
aguarde mais um pouquinho!"

Gritaria no poleiro
Cheiro de sal
Motores aquecendo
saída iminente n'água

Delicada sinfonia
canta o passaredo:
sabiá chama
bem-te-vi responde
pardal retruca

O farfalhar das folhas nas árvores
a cidade acaricia

Num suspiro
os postes se apagam
É a vez do Astro-rei
assumir seu posto
pro repouso da madrugada



Carlitos

A Isabel.
Grato pelas boas recordações!
Afagaram-me o espírito...

Um comentário:

Unknown disse...

Ao ler esse poema fico imaginando tua face, teu sorriso, teus olhos. Imagino você escrevendo cada verso, cada palavra. Imagino você vendo o nascer do sol junto ao mar. E acredite, é emocionante só de imaginar. Bel

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